S. S. M. >< C. C. V. G. T.
É difícil
Não conseguir me sentir segura é angustiante, minha família precisa trabalhar para que tenhamos o que comer e isso me dá ainda mais vontade de sair pelas ruas e manifestar pelo o que é nosso por direito (não podemos dizer que o governo não faz nada, pois deixar a sociedade sem nenhum respaldo realmente eficaz é sim fazer alguma coisa).
S. S. M.
RESPOSTA >
Olá minha amiga,
A situação se encontra muito tensa, eu lhe entendo completamente. Eu tenho 18 anos e acho que estamos tendo conflitos parecidos. Eu te garanto, você não está sozinha. Eu entendo o que você passa, sendo eu mulher, pobre e de interior. O mundo não nos favorece nem um pouco, né? Mas tenho certeza que a gente vai vencer tudo isso.
Aqui em casa também não tenho um relacionamento muito bom com a minha mãe, que é a única que mora comigo, mas ainda tenho esperança, e eu tenho certeza que as coisas vão melhorar (com certeza sem o verme lá no Planalto). Eu acredito nisso e quero passar um “cadinho” dessa minha esperança para você.
Eu, às vezes, penso que estou me deixando estacionar, mas logo repito para mim mesma que estou dando meu melhor, que essas inseguranças não definem quem sou, e eu tenho certeza que você também é uma mulher forte, guerreira, que tá se esforçando e dando o seu melhor. Moça, você é luz, não deixe o preconceito te levar deste mundo, fique, lute, vamos fazer desse lugar, desse país, um lugar melhor, juntas.
A revolução tem nome de mulher e a paz e a tolerância são substantivos femininos. Esteja aqui, ser mulher é estar em uma irmandade, e uma guerreira a menos nos deixaria mais fracas. Fica, minha flor, fica, que a primavera será esplendorosa.
Eu te envio todas as boas energias, amor e força desse mundo. Nós venceremos.
Um grande xero (quero continuar escrevendo a você, se você também quiser).